A Arte de Fazer Amigos e de Ser Amiga ( II )

Publicado em 21 de fevereiro de 2009.

"QUALQUER ATO DE BONDADE É UMA FLOR QUE SE OFERECE A UM IRMÃO".

(ROQUE SCHNEIDER)

A ARTE DE FAZER AMIGOS E DE SER AMIGA

NÃO, NÃO TENHO O CAMINHO NOVO

O QUE TENHO DE NOVO

É O JEITO DE CAMINHAR

APRENDI

(O CAMINHO ME ENSINOU)

A CAMINHAR CANTANDO

COMO CONVÉM

A MIM

E AOS QUE VÃO COMIGO

POIS JÁ NÃO VOU MAIS SOZINHO.

(THIAGO DE MELLO)

Tivemos concluída nossa Missão de cuidar dos amigos em MG... afinal os amigos são o nosso tesouro precioso dado por Deus por sua extrema Bondade.

Fomos de manhãzinha pra BH...visitamos à feira ao lado do Parque Municipal, uma verdadeira festa... foi difícil até para andarmos por tanta gente.

Comemos um acarajé mineiro... interessante, valeu por um almoço e pudemos matar as saudades do da Bahia, aquele delicioso em frente ao Mercado Modelo... sem pimenta, é claro!

À tarde fomos para o Mosteiro das Beneditinas, cujas Monjas acolhedoras, como sempre nos receberam com alegria e muita hospitalidade.

Gosto de participar dos Ofícios... Noa, Vésperas, Matinas...

O delicioso cafezinho da tarde e aquela sopinha quente no final da tarde... tudo com cheirinho e gosto de amor, de amizade...

Mas a aventura não acabou ainda, assim como o Amor de Deus, FAZER AMIGOS E SER AMIGA não tem fim... é para sempre, pois se TU ME CATIVAS...É PARA SEMPRE...

Voltamos para Vitória de trem... treze horas de viagem...

Eu e minha amiga ficamos como crianças... vou tentar pôr em palavras o que a emoção impede por si mesma.

Depois das fotos para registrar o sonhado momento... embarcamos no executivo com grande ânimo, sem fazer caso do tempão que iríamos passar enclausuradas...

Túneis... matas... árvores de todos os tipos... exóticas, coloridas... rios... cachoeiras, cascatas... Cada cena surpreendente!

Minha digital me impediu de registrar, pelo cansaço também me olvidei de recarregá-la e fiquei sem bateria suficiente: que tristeza!

Mas resolvemos a questão em consenso: vamos voltar em julho, se Deus quiser...

Ficou mesmo registrado no coração... isso foi reenergizante...

Passamos por horas de sol e o calor foi amenizado pelo ar refrigerado do trem, que ia curva mais curva... reta mais reta... sempre confiante da chegada... e nós também.

O pão de queijo quentinho com café foi o mais gostoso do que comemos... acalentou não só o paladar...

O vagão restaurante foi uma desculpa para gente conversar, rir e apreciar a paisagem, ainda que o permitido fosse apenas vinte minutos...

Minha amiga, apesar dos setenta anos de vida, parecia ter muito mais de energia, grudada todo tempo na janelinha... que lhe cedi durante toda viagem...

Quando vi lá embaixo, no cenário que me era permitido pelo quadro da janela, a chuva vindo... ah! Foi deveras encantador e fiquei altiva para não perder nenhum detalhe... aí fui muito mais que criança contente... Foi belíssimo o espetáculo proporcionado pela viagem de trem.

Seria maravilhoso se cada Estado tivesse essa possibilidade tão simples e feliz. Eu adoraria passar de Estado em Estado... bem calma, sem pressa, apreciando a natureza de Deus, que é sempre muito sábio em tudo o que faz.

"A FELICIDADE NÃO É UMA ESTAÇÃO AONDE CHEGAMOS, MAS UMA MANEIRA DE VIAJAR".

(Margaret Rumbek)

Chegamos ao nosso destino (Vitória ) em plena forma...depois de termos até conseguido dormir um tiquinho, após meio-dia... e eu no ombro de minha amiga do coração.

Peço a Deus que nos proporcione outros passeios assim...com carinho e alegria no coração, aproveitando para incluir também os nossos queridos quando o silêncio invade o nosso ser... no desejo sincero da presença deles na ausência experenciada nesse doce momento inesquecível.