Publicado em 22 de agosto de 2009 no http://espiritual-idade.spaces.live.com
(Carlos Drummond de Andrade)
Meu pai montava a cavalo, ia para o
campo.
minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre
mangueiras
lia histórias de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio dia branco de luz,
uma vez que aprendeu
a ninar nos longes da sensala
e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha,
café gostoso, café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo,
olhando para mim:-Psiu... não acorde o
menino
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha historia
era mais bonita que a de Robinson
Crusoé.
Mais um dia se passou sem meu papai...
Quero agradecer as inúmeras manifestações de carinho por e-mail, muito obrigado
de coração. Cada mensagem tão linda! Muito confortantes... tentativas
carinhosas para minimizar minha dor grande...
Como a gente corre o risco de se perder
da gente mesmo!
Sou humana demais, Senhor, para
compreender a partida daquele que me amava aqui na terra, apesar de acreditar
piamente na Ressurreição e de que ele está junto de Ti nesta hora
intercedendo por mim e por como estou que ninguém sabe com exatidão, da
mesma forma que não sei a dor alheia quando o mesmo se sucede com os irmãos.
Mas vale a amizade, a tentativa... o
carinho pleno que doamos a quem muito necessita nessa hora.
A todos o meu abraço fraterno.
Minha história é muito bonita e, quando
acabar o livro, sei que vai ser muito mais bonita do que esta história de Drummond...
pois será a minha história.
Obrigada, meu Deus, por quem me deu a
vida e que está agora desfrutando do merecido prêmio do
descanso eterno ao seu lado, Senhor.
Olá, Rosélia.
ResponderExcluirPaz e Bem. Meus sentimentos pelo falecimento do seu pai. Atraves da nossa irmãzinha Keyla consgui encontrá-la. Infelizmente numa situação a qual sei das suas dores(já passei por isso).
Peço que assim que possível envie notícias.
Fraterno abraço.
Nídia