Recebi agora à noite, do Mosteiro da Virgem de Guadalupe, no ES, da Ir. Maria Águeda, minha amiga
do coração há dezoito anos... para confortar-me de uma situação bastante
conflituosa que vivi no dia de hoje, mas que não impediu de me manter serena
durante todo o dia. Isto é Graça e já havia partilhado com minha tia, por
telefone, que estava mesmo me sentindo "provada" na Confiança
em Deus...
Não o comento, é completo e o transcrevo na íntegra:
Deus é confiável? - Entrevista com o Pe. Thomas Williams.
ROMA, 11 de outubro de 2009 (ZENIT.org).-
O maior problema que os católicos
enfrentam hoje é a crise de confiança em Deus, afirma
do padre Thomas D. Williams, LC,
autor do livro Can God Be Trusted? Finding Faith in Trouble Times, recém-lançado nos Estados Unidos.
– Por que publica um livro em que pergunta
se Deus é fiel?
– Pe. Williams: Comecei este livro há três
anos, quando me dei conta de como, frequentemente, em conversas espirituais, os
problemas das pessoas voltam ao tema ‘confiança
em Deus’. Parece-me que todos temos problemas com a confiança e
que muitas de nossas dificuldades na vida espiritual estão de algum modo
ligadas a uma falta de confiança em Deus.
Por outro lado, é admirável como a Bíblia
–por exemplo, no livro dos Salmos– insiste novamente na importância da confiança
em Deus, como núcleo de uma vida espiritual. Deus quer que se
tenha confiança e quase nos implora que dependamos dele incondicionalmente. Não existe nada
mais difícil, nem importante para a vida cristã.
Este livro quer responder a muitas pessoas
que possuem dúvidas sobre a fidelidade de Deus. Eu o
escrevi especialmente para aqueles que desejam verdadeiramente confiar em Deus,
mas que, por alguma razão, têm problemas de confiança.
– Quais são alguns desses problemas?
– Pe. Williams: Para escrever este livro,
reuni uma equipe de investigadores que me ajudaram a entrevistar centenas de
pessoas nas ruas sobre a confiança em Deus. Queria
me assegurar de que não estava apenas projetando minhas próprias experiências e
pensamentos, como também respondia as dúvidas, as dificuldades e as perguntas
que as pessoas possuem atualmente.
As respostas a estas entrevistas me
iluminaram muito e me ajudaram a compreender uma série de atitudes, desde
pessoas cuja confiança em Deus parecia inabalável até outras que simplesmente
acreditam que Deus não é confiável.
Muitas respostas, a grande maioria, caíram
no meio de dois extremos e expressaram um profundo desejo de confiança
em Deus, contudo, muitas dificuldades para colocá-la em
prática.
– Por exemplo?
– Pe. Williams: Às vezes estas
dificuldades vêm de uma série de traições geradas na infância. Custa para as
pessoas que se sentem enganadas por seus pais, por exemplo,
confiar em Deus (que se apresenta como Pai). Outros experimentaram as traições de sacerdotes, que ferem
profundamente suas relações com Deus e com a Igreja. Alguns vão ao ponto de
culpar a si mesmos, pois acreditam que não são dignos da fidelidade dos outros.
E quando há este sofrimento nas relações interpessoais,
é difícil que não haja fidelidade dos outros. E quando há este sofrimento nas
relações interpessoais, é difícil
que não haja influência na relação com Deus.
Já outros se sentem traídos por Deus. Em
nossas pesquisas, muitas pessoas afirmaram ter dado plena
confiança a Deus, mas disseram que ele falhou. Confiaram nele,
mas ele não ofereceu nada. Esta tende de ser uma das experiências mais
dolorosas da vida e tínhamos que tratá-la no livro.
– Que diz a uma pessoa que se sente traída
por Deus?
– Pe. Williams: O que não pode fazer é
pregar. Ninguém quer escutar que está equivocado, que não é justo com Deus ou
que pode imaginar o problema. Não seria correto nem construtivo.
Tento falar mais com um companheiro de
viagem do que como um professor. Todos já tivemos de enfrentar situações
semelhantes a estas e temos de ajudar uns aos outros para superar os obstáculos
da fé e da confiança.
O primeiro passo para recuperar a
confiança pode vir da compreensão de que Deus
não é indiferente a nosso sofrimento. Não
é apático, nem distante, nem despreocupado.
Na verdade, ele “sente nossa dor” inclusive mais profundamente que nós mesmos.
Não foi esta a mensagem da cruz, em que Jesus Cristo escolheu padecer conosco?
– Há caminhos para superar nossa
desconfiança?
– Pe. Williams: Acredito que existam
muitos. Dedico dois capítulos do livro a um tema que considero fundamental: o
ajuste de nossas expectativas sobre Deus. Estou convencido de que muitas vezes
(nem sempre), nossas experiências de traição procedam de um mal-entendimento
fundamental: esperamos que Deus cumpra as promessas que nunca fez, ao invés de
aproveitar plenamente as promessas que nos fez. Todos temos necessidade de
comentar nossas expectativas sobre Deus. Quem
é Deus para mim? O que Ele me prometeu? O que posso esperar Dele que nunca foi
oferecido?
Por exemplo, Jesus Cristo jamais prometeu
que, se o seguíssemos tudo seria mais fácil em nossas vidas. Não prometeu
segurança no emprego, nem liquidez econômica,
nem saúde perfeita, nem casamentos ideais nem muitas outras coisas que de fato
gostaríamos. O fato é que, aos seguidores, Jesus
Cristo prometeu uma parte de sua cruz todos os dias.
–Temos de redimensionar nossas
expectativas para um nível mais racional? Esperar menos para não nos
decepcionar?
–Pe. Williams: Não, não. É exatamente o oposto! As coisas que normalmente
esperamos de Deus (e sobre as quais nos chateamos quando não recebemos) são os
bens temporários e não eternos.
Dói-nos não tê-los, mas este mesmo pode
ser um caminho a um coração mais puro e com prioridades mais claras. Deus não
nos promete menos que isso, e sim muito mais.
Basta ver algumas das coisas maravilhosas
que Jesus Cristo nos promete: promete dizer-nos sempre
a verdade. Promete nos amar sempre, incondicionalmente.
Promete-nos tudo o que necessitamos para chegar ao céu. Promete que nunca nos
exigirá mais do que podemos oferecer. Promete estar sempre conosco e nunca nos deixar sozinhos.
Promete dar sentido e valor a todos nossos sacrifícios, lutas, provas e
trabalhos. Promete ser nosso prêmio eterno.
Estas coisas não são menos importantes que
a seguridade no emprego! São maiores, mais importantes! Deus é o único que pode
oferecer tais promessas e cumpri-las.
– Alguns dizem que a confiança
de Deus é somente
uma desculpa para pessoas preguiçosas que não querem assumir suas próprias
responsabilidades. O que pensa disso?
– Pe. Williams: Se trata de uma queixa
típica e compreensível, e sim,
tento responder em meu livro. Confiança e responsabilidade não se
excluem mutuamente, pois se complementam.
O segredo está em identificar bem qual é nossa parte e qual parte corresponde a Deus. A virtude da humildade nos
ajuda a dar-nos conta de que dependemos de Deus para muitas coisas. Não podemos
caminhar sós pela vida; necessitamos da amizade de Deus em cada momento. Mas
este reconhecimento sincero de nossa dependência de Deus não nos deveria levar
à abdicação de nossas responsabilidades.
Deus nos criou livres, capazes de
compromissos e capazes de dominar nossos projetos.
No final das contas, não se trata de “ou Deus ou eu”, mas ele nos convida a
partilhar de uma responsabilidade com ele. Recorde que Jesus não só compara
seus seguidores aos pássaros do céu e lírios do campo. Também nos compara ao
administrador fiel, que sabe como distribuir a comida aos servos no momento
oportuno. (Lucas 12, 42). Compara-nos aos servidores encomendados com os bens
do dono, para administrá-los e “negociar” com eles (Lucas19,13). Lembra seus
discípulos que os trabalhadores são poucos e pede-lhes para orar ao Dono da
colheita que envie operários para sua messe (Lucas 10,2). Jesus Cristo quer que
confiemos, mas também que nos lance as mãos e trabalhemos.
– Este livro está destinado a reforçar
a confiança das pessoas em Deus?
– Pe. Williams: Sim. Todos passamos por
momentos difíceis e às vezes o que mais necessitamos é de que alguém nos direcione e nos recorde que Deus
é fiel, que a confiança é possível e que, apesar de nossos sofrimentos
mais profundos, e inclusive nossos remorsos, somos amados!
Te agradeço,
Pai querido, pelo teu imenso amor por mim!
Obrigado por tudo de difícil que estou
passando "sozinha"... Te sinto perto de mim... Consolando o meu
coração... me libertando da inveja e dos ciúmes... Perdoa, Senhor a quem nos
deseja algum tipo de mal... ainda que sejam nossos familiares... ou que tenham
entrado para nossa família...
Sei que Tu estás comigo... A TUA GRAÇA ME
BASTA!
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