quarta-feira, 3 de março de 2010

Poesia


AMANDO NA "IN-SATISFAÇÃO"


É noite!
Sensação de abandono e de solidão!
Reveses, quem não os tem?
Vêm como açoite!

Estar só... no quase outono...
Temendo que tudo tenha sido em vão!
Tanto sonhos... Tanto carinho...
Nele nada desabono...
Ainda tenho muito chão!
Mas ele quer ficar sozinho...

Lutar! Lutar!
Voar! Voar!
Amar! Amar!
Sobretudo em Deus confiar...

Coração dilatado, entoar um hino fugaz e certeiro:
Hino da Vitória final.
CONTINUAR A SER uma flor de um "canteiro"
que mais parece um "vendaval"...

O AMOR é todo incerto
É dar um tiro no escuro
De cego nada tem... isto é bem certo!
Só se vê bem com o coração!
Já dizia o Príncipe esperto...
Mas querer amar ao amor "não aberto"
É duro
(Orvalhodocéu)

Ao som de músicas italianas, vou vencendo a noite, não tão "leve"...
Hoje dancei ao som de bolero... que contentamento!
Poder sentir-me tão jovem e tão desprovida de desesperança... sentir-me viva novamente... prescindir do mau humor, típico de quem não tem o que quer o coração...

O meu foi feito para amar e ama...

Até quando?
Só Deus poderá dar um basta, espero de coração que não o faça...
Eu não me pertenço e Ele olha por mim, saberá livrar-me de um abismo incontrolável, disto tenho fé.
Na dança: girei, rodopiei... com os pés bem firmes, senti o peso do corpo ou no pé esquerdo ou no direito... é questão de equilíbrio...
Como no AMOR...
A dança é parecida com a ESPIRITUALIDADE, não é que provei desta experiência hoje?
Pé esquerdo, "peso" nele... pé direito, "peso" nele...
Com solo sempre!
E assim prosseguirei dançando a dança do salão e a dança da vida.
Dançar é preciso!


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