domingo, 22 de julho de 2012

Tempo de Espera (V)



Ainda que não seja correspondida, o amor que sinto faz parte da minha riqueza para sempre...
Não descrever o amor, discorrer sobre ele e sim me fazer entrar nele...

Saber e sabor- presos na mesma raiz...

Deus começou o mundo com um jardim...
No fracasso, há vitória...
A outra parte nos impõe a que olhemos ao pódio para que que seja vista a nossa derrota e não consegue...
Somos muito mais mulher depois da morte...

Restos não me realizam...
Restos de amor... restos de felicidade...
Não quero!
Meu elã eu alimento... quero qualidade de vida!
Sou movimentada e movimento o amor...
O amor: sou curada de ser "gente grande"...

Estou conhecendo uma receita infalível: para os tristes e abatidos é urgente poema de hora em hora...

Tempo de primavera... dias em que as flores são poemas e que meus olhos leem como prazer...

Eu quero aprender, mas não quero provar nada...
Ao poeta cabe o ofício de verbalizar as entrelinhas da alma...

Flores são palavras para quem deseja lê-las...
O meu amado não se foi... continua presente em mim...
O sepulcro está vazio... o ressurreto está fora do tempo... ele está em toda parte da vida...
Dos apegos fui liberta e desapegada...

Sou flor... devo sempre estar pronta a partir... sou livre!
O meu amado me ensinou a perder...
E ganhei muito com isso...
Perdi a ilusão da perda...
Fui feliz enquanto o sopro não terminou...

Saí do desencanto à esperança... da maldição à bênção... pela graça de Deus que nunca me faltou...

(Tempo de Espera- Pe. Fábio de Melo)


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