A palavra Eucaristia significa,
literalmente, “Ação de Graças”. Uma vida eucarística há de ser vivida com
agradecimento. A história dos amigos que iam a Emaús, que é também a nossa
própria história,...
O agradecimento não é uma atitude óbvia
ante a vida. O agradecimento necessita ser descoberto e vivido com grande
finura interior.
Nossas perdas, nossas experiências de
rejeição e abandono e nossos muitos momentos de desilusão não deixam de
arrastar-nos à via da amargura e do ressentimento. Quando nos limitamos a
deixar que sejam, os feitos os que falem, sempre haverá suficientes feitos para
convencer-nos de que a vida, em definitivo, conduz ao nada e que toda pretensão
de iludir esse destino não é mais do que um sinal de profunda ingenuidade.
Jesus, nos deu a Eucaristia para que
pudéssemos optar pelo agradecimento. É esta uma opção que nós mesmos temos que
tomar e que ninguém pode tomar opor nós. Mas a Eucaristia nos incita a clamar a
Deus na demanda da misericórdia, a escutar as palavras de Jesus, a convidar-lhe
a nossa casa, a entrar em comunhão com Ele. E a proclamar ao
mundo a Boa Notícia.
Optar por ser agradecido. A Celebração
eucarística não deixa de convidar-nos a ter essa atitude. Em nossas vidas
diárias temos incontáveis oportunidades de mostrar-nos agradecidos, em lugar de
ressentidos, ainda que em princípio, possamos não recorrer a tais
oportunidades. Muitas vezes, antes de compreender algo em sua justa medida, já
dizemos: É demasiado para mim!
Não tenho mais remédio que enfadar-me e
manifestar meu nojo (enjoo). A vida não é justa, e eu não posso aturdir como se
o fosse. Sem embargo, sempre está aí essa voz que, uma ou outra vez,
sugere que estejamos cegos por nossa própria compreensão das coisas e que desse
modo, nos arrastemos uns aos outros ao abismo. É a voz que nos chama
“entorpecidos”, a voz que nos pode que olhemos nossa vida de um modo totalmente
novo: não desde abaixo, donde só nos fixamos em nossas perdas, se não desde
acima, donde Deus nos oferece sua glória.
No último termo, a Eucaristia- ação de graças- vem de cima. É um presente que não podemos fabricar nós mesmos, senão que
temos que recebê-lo. Um presente que se nos oferece livremente é que pode ser
livremente recebido. Ah! É donde está a eleição! Podemos eleger deixar
ao desconhecido que prossiga sua viagem e siga sendo um estanho. Mas também
podemos convidá-lo à nossa intimidade, deixar-lhe que toque c ada partícula do
nosso ser e transforme nossos ressentimentos em agradecimento. Não temos porque
fazê-lo. De fato, a maioria da gente não o faz. Mas sempre que o fazemos todas
as coisas inclusive as triviais, se fazem novas. Nossas pequenas avidas se
fazem grandes e ele formam parte do misterioso trabalho de salvação de Deus.
Uma vez que tal coisa sucede nada será já acidental, casual ou fútil. Inclusive
o mais insignificante acontecimento fala a linguagem da fé, da esperança e,
sobretudo, do amor. Tal é a vida eucarística, a vida em qualquer coisa que
fazemos é uma maneira de dizer: Graças aquele que se uniu a
nós no caminho.
P.S. Em Retiro Espiritual, na volta, responderei os comentários...
Lindas palavras que fazem refletir sempre sobre esse mistério...beijos,chica
ResponderExcluirTempo de Páscoa
ResponderExcluirPáscoa é tempo de meditar, de buscar,
de agradecer, de plantar a paz.
Tempo de oração!
Tempo de abrir os braços, de abrir as mãos e de ser mais irmão.
Tempo de recomeçar!
Tempo de concessão, de compromisso, de salvação. Tempo de perdão.
Tempo de libertar, de libertação, de passagem, de passar...
Para onde? Para a luz, para o amor, para a vida que é eterna!
É tempo de ressurreição!
Feliz Páscoa!
Leandro Ruiz
The time: Me and the time