Despertar a Serenidade - Semana Colorida

Uma iniciativa colorida da querida amiga Anne do blog:

http://menina-voadora.blogspot.com.br/

Despertar a serenidade

(Anselm Grün)

Sou livre para o momento. Livre para aquilo que está acontecendo comigo agora.

... quando construímos nossa existência sobre coisas que, em última análise, são frágeis...

As emoções colocam a pessoa serena em ação.

Mas não a determinam. Ela tem o domínio sobre as paixões, de modo que eles estão ao seu serviço e não vice-versa.

Eu digo a mim mesmo: “Estou com medo, mas eu  não sou o meu medo. Eu tenho problemas, mas eu não sou os meus problemas... estou com raiva, mas eu não sou a minha raiva...

Então a deixarei arrancar do meu próprio centro pelas turbulências ao meu redor. Sou sereno, eu  não me deixo determinar a partir de fora de mim...

“Só quem abandona seu ego com suas muitas ilusões é realmente sereno. Ele é, interiormente,  livre.”

Precisamos manter uma distância interior do ego para encontrar nosso verdadeiro si mesmo, para afinar –nos, internamente, e chegarmos a um acordo conosco mesmo.

Minha vida estará sã e salva. Será bem sucedida.

O pressuposto é que eu abandone minhas ideias de vida por amor à feliz mensagem da verdadeira vida.

Se há confiança sobre nossa vida, então nos abandonamos a Deus, nele confiamos e sentimos neste abandonar-se verdadeira serenidade.

Eu não abandono a mim mesmo. Eu suporto a mim mesmo. Eu posso confiar neste núcleo mais íntimo, ileso e saudável, inviolável e não adulterado.

Eu morro para viver de verdade. Eu me abandono para encontrar meu verdadeiro si mesmo.

Só quem abandonou suas imagens de Deus pode encontrar o Deus incompreensível e, totalmente, outro; este Deus que é capaz de satisfazer, realmente, o nosso anseio.

Eu deixo o tempo correr e tomo consciência dele.

O tempo é sempre tempo concedido de graça- tempo que pertence a Deus e a mim também, no qual pertenço a  mim e ao meu verdadeiro si mesmo.

A serenidade precisa sentir-se sempre de novo, os outros onde  estão, o meu centro; preciso deixar os outros onde estão e deixa-los assim somo são.

Sereno é quem está em si, livre dos pensamentos com os quais sempre julga a si mesmo e o seu aqui.

Quando contemplo uma árvore já crescida e, firmemente, enraizada, compartilho da sua força e torno-me sereno.

Existe  outra realidade. Para Paulo é o “fim do mundo”, quando Cristo virá e fará tudo novo.

Esta fé o conduz a uma liberdade interior que hoje nos faria  bem. Nossa vida ganharia mais serenidade e desenvoltura.

Torna-se sereno quem enfrenta, com liberdade interior, tudo o que lhe vem ao encontro. Nisto, concordam os sábios de todas as Religiões. Não há porque ficar sempre mudando algo em mim.

Já sou bom. O bom precisa apenas manifestar-se e irromper através  de todos os envoltórios que os disfarçam.

Deixei as coisas como são. Abandonei seus conceitos pré formados. Então as coisas vão desabrochar. A eternidade vai  recompensá-lo regiamente.

A serenidade será, para você, um ótimo guia de lidar com as pessoas de modo conveniente, sem preconceitos e com amor. E, na maioria das vezes, não falta o bom acolhimento;

Sempre, de novo, o ego se interpõe no caminho. Quando consigo deixá-lo de lado, a serenidade entra, torna-se fonte com paz, liberdade e amor.

"As cores da noite recamadas de silêncio preparam o dia." (Eolo Yberê Libera)