Era uma vez, quando o costume era os
discípulos se mudarem para a casa do Mestre para serem instruídos na prática do
zen, um mestre que se aproximava de um discípulo, era com a intenção de
instruí-lo para ser mestre zen.
O estudante sabia que, se o mestre
concordasse em ensiná-lo, ele poderia ficar aos cuidados daquele professor durante
um ano, não simplesmente aprendendo como ele orava, mas como ele servia o chá,
varria o chão e lavava sua tigela de mendicante. Era um modo de vida que ele
buscava, não simplesmente uma introdução às escrituras.
Mas, nesse caso, o Mestre não conseguiu
nem mesmo entender o olhar do estudante. Ele passava dentro e fora da casa e
não dava atenção ao jovem. Nenhum som. Nenhum gesto. Nenhuma discussão, sobre o
processo. Nenhuma palavra encorajadora.
Assim, o jovem decidiu convencer o
mestre da sua sinceridade, ocupando um lugar fora da propriedade para meditar.
E ele se sentou lá. Por dias. Por semanas. Por meses. E o mestre ainda o
ignorava.
Veio o inverno e a neve caiu. Sim,
agora o Mestre veria a sinceridade dele, o levaria para casa e o aceitaria como
discípulo. Mas o mestre veio e foi, totalmente alheio ou insensível,
desinteressado pela presença desse jovem em meditação.
O que poderia comover o mestre e
provar-lhe a seriedade do estudante, a sede da sua alma.
Então, o estudante insinuou algo que poderia
provar a vontade de se doar por inteiro à vida espiritual, um dia, ele amputou
o braço, se curvou e o apresentou ao mestre.
Então, o mestre percebeu a sinceridade
do jovem. Admitiu o estudante como pupilo em sua casa.
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