Era uma vez, no alto do Himalaia, uma tribo de 80.000 macacos governados por um rei macaco poderoso.
Uma árvore cresceu no coração do vale onde eles
viram à beira do rio.
Na primavera, o perfume de suas flores brancas
adocicava o ar.
A sombra de seus galhos trouxe uma colheita da mais
doce e maior fruta da índia.
Os macacos se alegraram pela boa sorte, que proveu
um presente tão precioso para eles.
O grande rei, porém, os advertiu de que os outros
ouvissem falar da árvore e suas frutas as desejavam para si e afugentariam os macacos.
Ele temia, especialmente, os homens da cidade.
Os macacos precisavam tomar cuidado para que
nenhuma fruta caísse nas mãos dele.
Em uma primavera, enquanto cuidava de árvores em
preparação para a colheita dos frutos, os macacos perderam uma flor.
No outono, o galho escuro cedeu com o peso das
frutas que cresciam ali.
Então, de repente, a fruta tocou a água e rolou
pela corrente das águas mansas e vastas da planície.
Próximo do lugar onde o rei Brahmadatta gostava de
se banhar, um grupo de pescadores a capturou em suas redes.
Os pescadores se maravilharam com o tamanho da
fruta e a levaram ao rei.
O sabor deleitou o rei Brahmadatta que decretou que
a fonte daquela fruta precisava ser encontrada.
Em poucos dias, os homens encontraram a árvore.
Ela inda estava carregada de frutas, mas o bando de
macacos a tinha encontrado. Primeiro estavam o alimentando ali, para o louvor
do rei.
Era ele, pensou, um desperdício que essas frutas
divinas alimentassem macacos. Brahmadatta decidiu que só havia uma solução.
No dia seguinte, mataria os macacos, para que nunca
mais voltassem à arvore.
Os macacos ouviram o plano do massacre do dia
seguinte.
Em grande agitação, correram ao rei e lhe contaram
tudo.
Não conseguiremos escapar, disseram os macacos.
A distância entre a nossa árvore e a árvore do
riacho é muito grande para saltarmos. Todos nós morreremos.
Durante algum tempo, o rei dos macacos ponderou a
situação ruim.
E então, traçou seu plano.
Eu sou corpulento, comprido e forte, disse o rei
dos macacos.
Avante isso tudo será bem útil.
Ao amanhecer, o rei dos macacos deu um salto
poderoso da árvore frutífera deste lado em direção à árvore que crescia na
margem oposta. No tronco da árvore, enrolou um ramo de videira do mesmo
comprimento de seu salto poderoso. A outra ponta ele amarrou em seu tornozelo.
Mais uma vez, ele juntou as forças e saltou o rio
com seus longos braços alcançando um galho da árvore frutífera do outro
lado. Os macacos o pregaram, mas, conforme o fizeram, o rei macaco
percebeu que o ramo da videira não seria longo o bastante para atravessarem o
vão entre as duas árvores.
Eles se esqueceram de levar o comprimento
necessário para amarrar o ramo à árvore oposta e a seu tornozelo.
Agora, só havia uma saída para salvar o bando.
Agarrando-o lá no alto, o rei ordenou que os seus
súditos deslizassem ao longo do ramo da videira pela ponte, às suas costas e de
lá, seguros na árvore, se salvou.
Pela hora, ele se pendurou ali, enquanto os 80.000
macacos corriam ao longo dele, até que o seu dorso poderoso já não conseguia
manter o esforço. Quando o último dos súditos alcançou a segurança, seu dorso
sucumbiu e o rei caiu no chão sem forças e, quebrado, em grande dor.
O rei Brahmadatta tinha assistido à fuga e ao
grande feito do rei macaco.
E agora, corria em sua direção.
Você eu a vida e toda a força que tinha para salvar
seus súditos, disse Brahmadatta.
Eu tinha de fazer tudo que podia para salvá-lo,
disse o macaco.
Minha alegria é que todos estão salvos.
Agora, posso descansar...
Como você vê, Brahmadatta, é o amor e não o poder
que faz um grande rei.
Jesus, o Mestre do Amor.
Olá!Boa tarde
ResponderExcluirRosélia
Muito belo texto , muita reflexão...
penso que quanto mais pessoas fizerem a escolha de se expressar com amor ao invés de poder, todas as diferenças se equilibrarão em harmonia.
Agradeço pelo carinho da visita
Belo dia
Beijos
Belíssimo, Rô! O amor sempre faz toda a diferença! Bjks Tetê - Manancial
ResponderExcluir"Agora vai também ama o seu irmão".Enquanto lia veio essa música que se canta nas missas! Amei a história! Beijos!
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