(Papa Paulo VI)
Hoje estamos vivendo num mundo que
parece tomado por uma febre que se infiltra até no santuário e na solidão. As
pessoas não conseguem recolher-se. Hoje a excitação, o barulho, a ansiedade, a
exterioridade, a multidão, ameaça a interioridade do homem; falta-lhe o
silêncio, a ordem, a oração, a paz, falta-lhe ele mesmo. São Bento volta para
ajudar-nos a recuperar a vida pessoal, da qual hoje temos desejo, e que o
progresso da vida moderna frustra enquanto o torna consciente.
Para que se encontrem almas
pusilânimes, que dizem que a santidade não é para elas, que a perfeição não
está ao seu alcance; e quando se lhes fala da perfeição, dizem logo: Não é para
mim, eu não poderia chegar à santidade. Sabeis o que as leva a falar assim? A
falta de fé na eficácia dos merecimentos de Jesus Cristo. Por eu a vontade de
Deus é que todos sejam santos; é o preceito do Senhor: “Sede perfeitos como
vosso Pai do céu é Perfeito.”
Mas esqueceram, muitas vezes, do plano
divino; esquecemo-nos que a nossa santidade é uma santidade sobrenatural, que
tem por fonte única a Jesus Cristo, nosso Mestre e nossa Cabeça; fazemos
injúrias nos merecimentos e insatisfações inesgotáveis de Cristo. Sem dúvida,
por nós mesmos nada podemos fazer no caminho da graça e da perfeição: nosso
Senhor nos diz: Sem Mim, nada podeis fazer e Santo Agostinho, comentando este
texto, acrescenta: ou pouco ou muito, nada podemos fazer sem Aquele sem o qual
nada se pode fazer. Assim é sua verdade.
Mas, morrendo por nós, Jesus Cristo
tornou confiante e livre o aceso ao Pai e por seu intermédio, não há graça que
não possamos esperar.
Almas fracas na fé, por que duvidar de
Deus, do nosso Deus?
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