terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Um Rei 'Miserável' (I)



Havia um grande rei numa terra muito distante.
Muito poderoso do que já se teve notícia.
Seus territórios eram imensos.
Seu poder superava o sonho de todos os poderosos.
Seu exército tinha milhares de oficiais e hostes incontáveis de soldados.
Era grande em poder e imensurável em sabedoria.
Os pensadores prostravam-se aos seus pés e bebiam da sua inteligência.
Sua eloquência beirava ao inacreditável.
Todos os oradores do mundo ficavam perplexos ao ouvi-lo.
Suas palavras soavam como notas musicais que resgatavam o ânimo e reanimavam o espírito.
Sua bondade era bela como a mais agradável melodia.
Tinha milhares de serviçais, mas dava atenção a todos como se eles fossem reis.
Tinha milhões de súditos, mas tratava cada um deles como aos seus mais graduados oficiais.
Os pequenos do seu reino eram honrados como sábios.
Diferente de todos os poderosos do mundo, almejava ao coração dos seus súditos e não a servidão.
Por isso, era profundamente amado.
Por onde ele passava, ele era aplaudido.
Tinha milhares de músicas espalhadas pelos seus palácios. Todos de prontidão para agradecê-lo pela sua generosidade, todos a postos para louvá-lo.
O rei era tão rico e tão bondoso que não cobrava imposto do seu povo, ao contrário, frequentemente a supria com abundância de alimentos.
Sua amabilidade chegava ao impensável, ele dava plena liberdade aos milhões de súditos que o serviam em seus palácios e a todos os homens do seu povo para servi-lo ou abandoná-lo.
Nos seus imensos palácios não havia problema.
Os seus oficiais, ministros, exércitos e serviçais desfrutavam de plena fartura.
Mas os homens desprezaram o caminho da sabedoria, esmagavam a solidariedade, pisaram no Amor, trucidaram o respeito mútuo e golpearam a liberdade.
A liberdade e a miséria brotaram naqueles solos.
O rei entristeceu-se profundamente, pois os amava como se eles fossem a continuação do seu ser.
Enviou inúmeros sábios para lhes corrigir as veredas, mas eles pareciam incorrigíveis.
Todos que assistiam o grande rei perceberam seu abatimento.
Estavam preocupados, pois isso nunca tinha acontecido.
Seus ministros chamaram os cantores que lhe fizeram grandes recitais, mas nada o animava.
Seus sábios reuniram-se para elogiar sua espetacular inteligência, mas nenhum elogio o satisfazia.
Seus oficiais reuniram-se para falar da sua grandeza, mas nenhuma hora trazia-lhe alento.
Houve angústia em todo seu reino pela tristeza do rei.
Eles o amavam profundamente, mas não sabiam como acender as chamas da sua alegria.



(Continua...)

5 comentários:

  1. Um texto que merece uma reflexão. Olá minha querida....a Ilha voltou mas não tive tempo suficiente para vir te abraçar e anunciar da reabertura, mas agora mesmo correndinho e com um texto copiado, pelo que te peço milllllllllllllll desculpas venho te convidar para o começo das festividades pelos 5 anos de Renascimento da Ilha e já antecipo que vamos novamente ter a brincadeira do Top Blogueiro e outra surpresinha :-) topas brincar? Um enorme beijo no coração e não vamos deixar a blogosfera fenecer.

    ResponderExcluir
  2. Rosélia,

    Texto lindo, que não conhecia.
    Linda história para reflexão. Imagino que a contiuação será uma grande lição de vida.
    Abençoado dia! Abraços

    ResponderExcluir
  3. Boa dia amiga, que história comovente que me faz lembrar o Amor Misericordioso de Deus para connosco e que tão maltratado tem sido na Terra!
    Beijinhos fraternos.
    (Vou ler a continuação)
    Ailime

    ResponderExcluir
  4. Muito a contar esse texto, muito a lembrar também! Um abração, aguardando acontinuação!

    ResponderExcluir
  5. Lindo, amiga! Para refletirmos e encher-nos de forças para buscarmos cada vez mais a conversão reconhecendo sempre nossos pecados!
    Grande beijo! ❤️
    www.viveraprendendo.com
    silenimachado.blogspot.com

    ResponderExcluir

Deixe sua Espiritualidade aqui, por gentileza

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...