Ainda
arriscaram a fazer uma última observação: -"Sabemos o quanto és
bom e que vais até as últimas consequências para resgatar quem Tu amas, mas
poderão confundir-Te com um miserável, com um mendigo, com um criminoso, com um
salteador.
Poderão
desprezar-te, humilhar-Te, prender-te e atentar contra a tua vida. Talvez Te
chamem de louco e de herético, apesar de esconderes todos os tesouros da
sabedoria."
O rei
fitou-lhes e disse; -"Eu sei tudo o que pode me acontecer, mas
lhes dou uma ordem: ainda que me firam, me maltratem, me considerem o mais vil
dos homens, arranquem-me as lágrimas e a vida, nunca intervenham. Quero mapear
os meandros da alma do homem, quero compreendê-lo de maneira completa e atrair
a mim todos os que puder. Espero que vocês entendam, preciso ir."
Não
entenderam.
Apesar de
refrescarem-se diariamente com seu Amor, não compreendiam a dimensão da sua
Fonte. Comovidos, dele se despediram.
Solitário,
o rei saiu de madrugada.
Fez uma
longa jornada.
Então,
penetrou sorrateiramente no seio da humanidade.
Nos
primeiros tempos analisou a dor, as angústias, as inseguranças, as
fragilidades, a incapacidade de perdoar, de superar a ira, de transcender a
inveja, de se alegrar, de amar.
Depois de longo
período do anonimato, começou a revelar sua inteligência e amabilidade.
Por onde
quer que transmitisse, o rei maltrapilho deixava atônitos os homens, espantados
com suas respostas e com seus gestos, perguntavam: -"Quem é este
homem misterioso que tem mãos grossas do trabalho e se esconde atrás de vestes
tão simples."
Sociável,
o rei entrava na casa de todos as pessoas.
Entrava
na casa dos miseráveis e os consolava.
Aos
desprezados, gastava horas falando-lhes sobre o milagre da vida.
Atava as
feridas dos moribundos. Chorava as lágrimas dos pais que perdiam seus filhos.
Satisfazia-se
com o contentamento dos seus amigos.
Gostava
de participar de festas.
Almoçava
e jantava na casa de todas as pessoas.
Era tão
gentil e sociável que tinha coragem de se convidar para jantar.
Todos
queriam ser seus amigos.
Alguns,
querendo protegê-lo, afastavam-no da multidão.
Mas Ele
furava o esquema e abria continuamente a agenda da sua emoção.
Queria
ser amado e não temido.
Por isso,
não revelava claramente sua identidade.
Gostava
de esconder sua grandeza, procurava o Amor despretensioso.
Alguns
colocaram-no nos céus, outros inclinavam o peito sobre Ele e achavam-no tão
simples e humano.
Suas palavras ardiam no coração e ensinavam às pessoas a SE AMAREM E A
SE RESPEITAREM.
(Continua...)
E o nosso Rei aponta o para o amor sempre! Beijos!
ResponderExcluirLindo! Só Ele.!Um Rei compassivo e cheio de Misericórdia!
ResponderExcluirBeijinhos,
Ailime