A Espiritualidade das Flores

As Flores do meu Jardim

Engana-se quem pensa que somente na Primavera as flores desabrocham com maior intensidade...

Engana-se quem pensa que no final do Outono onde as folhas fazem o seu voo final não temos um jardim florido...

No final o Outono, as flores do meu jardim se juntaram a tantas outras espécies  me proporcionando o dia em que meu jardim mais floriu, e esse dia foi em Junho.

Forma inúmeras espécies que deram mais vida e mais cor aos meus canteiros de lavandas, antúrios, orquídeas, hortênsias, de beijos... Ah! Os beijos... muitos beijos...

Engana-se quem pensa que só na Primavera existe o aroma das flores misturadas. No final do Outono, os aromas da amizade, do carinho, da atenção, da partilha, da saudade, do Amor, também se encontraram, e, no meu caso, esse encontro foi em Junho...

Engana-se quem pensa que só podemos fazer música em igreja, teatros, salas de concertos, centros de convenções, lugares propícios... também existe música na escuridão, você pode chamar de caverna, ou gruta, Cantamos numa acústica natural, que suscitou o areio da alma... e que diz que até as pedras choram num dia de Junho as pedras também cantaram....

Engana-se quem pensa que toda ladeira é penosa... podemos fazer da subida uma caminhada lenta, degrau por degrau, e, para maior admiração da paisagem, a  mão amiga na corda amparada ao grande cordão das árvores os dão a tranquilidade necessária para cumprirmos o desafio...

Engana-se quem pensa que as flores do jardim Toscana não sentem saudade... a tardinha o orvalho anunciava o silêncio do vazio das espécies mais nobres que deixaram aquele local para enfeitarem outros, os seus próprios jardins, o jardim dos seus lares...

E assim foi o dia que meu jardim mais ficou florido, e esse dia foi em Junho.

(Maestro Inárley Carletti)

Há flores em mim...

Sou flor...

Rosa de Deus...

Sou flor de Primavera...

Sou caçadora de flores...