Enquanto a tinha a meu lado, não me sentia só, a sua mão maternal era meu sustento de filha.
Eram visitas, ligações, conversas, broa de fubá para cá e para lá. Comidinhas caseiras, sempre o jiló fazia parte com o angu que sabia que eu gostava tanto e ninguém fazia como você, Terezinha.
A noite, uma pipoca para vermos um programa juntas, ou uma gelatina sempre havia.
Esmerava-se por fazer tudo que sabia que eu gostava, com carinho maternal.
Nunca faltava assunto, saíamos à cidadezinha, como se fôssemos irmãs, ambas felizes e em busca do que você necessitava. Sempre tinha novidades para me dar a conhecer por lá, para ver ou comprar, ela sabia o que me iria agradar. Presentinhos para lá e para cá nos doávamos e, sobretudo a nossa própria companhia...
Sua casa era para mim uma hospedagem sagrada, como você me sabia acolher com tanto carinho e com um beijo de mãe inesquecível.
Tão bem arrumada e limpa, com meu quartinho sempre ajeitado para quando eu chegasse e era lindo ouvir na saída:
- Você se vai e meu coração fica tão triste!
Agora não tenho mais você para ir visitar, para vir me ver e cuidar, para não me deixar chorar...
Passeávamos pelas fazendas, pelo mato verde que tanto gostávamos, Tirávamos fotos no campo lindo, com gados atrás das cercas, canto de vários pássaros e íamos até o rio, uma longa caminhada.
Alguma vez, passava alguém de bicicleta no lugarejo simples.
Também uma carroça puxada por bois...
A vida nos dá e nos tira...
E nos tira o melhor sempre.
Foi tão nova ainda, ia fazer no mês seguinte, setenta anos.
Ajudava-me a suportar a vida, sim, éramos suportes uma para a outra. Um suporte único e especial.
Minha tia, meu amparo, minha tutela, minha assistência para toda hora, minha tutoria divinal, minha grande saudade.
Suas últimas palavras antes de ir ao céu:
- Você ainda vai ser muito feliz!
Sonhei com você muito bonita, me veio dar um beijo e me disse que depois voltaria...
E lá se passaram os anos e cá estou, minha tia/mãe amada.
Que lindo! A tia é sempre uma figura muito querida, principalmente se for a irmã da mãe, é como se fosse uma extensão da mãe. Legal, muito bonito.
ResponderExcluirQue linda e emocionante conversa com tua TIA que tanto amor te deu e também o recebeu de ti.
ResponderExcluirSaudades que ficam,boas recordações acompanham sempre!
Lindo! beijos, chica
Tão triste como amoroso de ler.
ResponderExcluirCumprimentos poéticos
Boa tarde Amiga Rosélia,
ResponderExcluirTão linda e comovente esta sua conversa com sua tia que tanto amava e cujo amor era recíproco!
Tantas recordações boas que vão perdurar na sua memória para sempre!
Uma magnífica homenagem de saudade!
Beijinhos fraternos e uma tarde muito abençoada e plena de paz.
Ailime