Vejam a postagem Aqui primeiro, por gentileza...
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O Poder de um simples Regador
Era uma vez um Regador tristonho
e abandonado. Um belo dia, sentiu que estava se aproximando a Primavera. Alguns
botõezinhos se espalhavam pelo campo...
Começou a refletir e a pedir ao Criador para que repassasse os prados pelo Amor, toda a natureza fosse revestida
de afeto. Entre Ternuras e Delicadezas divinas,
fervorosamente, sentiu ser possível um tempo novo.
Do céu, começou a cair Água
Cristalina, de forma como se fosse um orvalho.
-Que Água Fresquinha,
exclamava o solitário Regador que um dia fora tão usado por um jardineiro fiel!
Observou que as flores que
recebiam tal Carinho celestial, estavam mais viçosas, belas,
com tons bem visíveis.
A Rosa então,
era muito mais Vermelha. De um rubro alucinante. Tal como o
girassol que ficava exuberante na época. A orquídea ficava majestosamente
linda. A tulipa ficava esplendorosa. E o mais interessante: elas não se
rivalizavam como os humanos. Inacreditável!
Parecia aquela terra abandonada
de dias atrás, uma explosão de Primaveras no veridário.
Em seu coração, acostumado com a
solidão perene, floresceu uma Magia de Primavera.
Sua Alegria foi crescendo pouco a pouco. Sentia que a nova
Estação, a tal Primavera, era mesmo uma manifestação de Poesia ímpar.
Acomodou-se e, uma vez nem
instalado num dos jardins do seu paraíso secreto, decidiu apreciar o Luar,
sabia que não poderia se apartar mais do seu habitat ainda que estivesse
começando a se enferrujar e ninguém mais o queria, não tinha mais serventia
alguma e o mundo é do que se pode utilizar.
Na tardezinha, o Vento soprava
piedosamente, como uma brisa leve refrescante. As Folhas caiam
das Plantas ainda, resquícios outonais de um tempo climático
todo diferenciado e, estranhamente, anormal.
A Alegria continuava
a se insinuar em seu coração todo furadinho por tanta ingratidão de ter sido
usado sem trato conveniente e, quando ficou assim, fora simplesmente largado ao
léu.
Uma Leveza queria
se apossar dele como o Amor faz com as sensíveis...
Fazia tempo que ele não sentia Paz.
Flores e Risos?
Nunca mais tinha escutado com seus ouvidos atentos. Quem chegaria perto
dele com um aspecto envelhecido. Afinal, só mesmo o estado exterior das
coisas é que importa aos seres humanos.
A Primavera era a Estação das Flores, afinal!
Quem daria importância a um
humilde Regador?
-Calma! Dizia ele a si mesmo,
acostumado com ingratidões.
Aquela Água Fresca começava
a irrigar seus neurônios já em desuso... sentia como que recebendo uma
dose de Amor grande, um abraço de laço no seu coração já tão
inútil.
Por um espaço de tempo, começou
a ganhar Esperança de dias melhores, de nova Confiança no
antigo jardineiro.
Quem sabe ele não o iria
restaurar, lhe dar uma nova pintura depois de raspar as ferrugens do desamor?
Uma nova demão seria um verdadeiro milagre. Teria ele nova serventia...
sim, era possível pois era de material resistente, antigo, não descartável como
são quase todos na atualidade. Os de valores elevados se pagam os preços que
valem.
Com todo Amor,
poderia regar de novo a Flor mais bonita dos vergéis do lugar.
Seu coração se enchera de Sonhos secretos.
Sempre fora tão sonhador o pobre Regador de tantos parques da cidade.
O Amor deu Vida
aquele momento ímpar que ele estava vivendo oniricamente.
Percebeu que, naquele lugar,
chegavam pessoas diferentes, mais perfumadas, amorosas, cheias de Amor e Ternura entre
si. Inclusive se enchiam de Abraços fraternos. Falavam
até com a Flor que encontravam. Coisa de loucos? Não, algo que
só os jardineiros sabiam ser remédio para qualquer um florescer feliz.
Quando que Ternura e Carinho podem fazer mal a alguém? Muito menos às Flores...
Ele se imaginou recuperado do
abandono, jurou a si mesmo que seria um Regador de Água pura, transparente,
Cristalina a jorrar no coração das suas semelhantes mimosas com vestes
diferenciadas e coloridas.
Assim como as pessoas, as flores também mereciam o seu melhor, elas eram de uma Beleza Divina surpreendente. Quanta Cor bela em tons distintos e raros! A corola de cada uma era perfeitamente, trabalhada em fios prateados ou dourados, demonstrando ser o Criador um Artesão de primeira grandeza.
Água era
indispensável ao crescimento delas.
Como podiam não cuidar do
Regador?
Como podiam tê-lo abandonado sem
piedade alguma. Ele era tão serviçal e fecundo. Simplesmente não entendia os
"humanos".
Pessoas naquelas vésperas
primaveris se diziam Votos Felizes, Palavras Boas.
Desde o Natal não ouvia nada pelo estilo.
Tinha certeza em seu interior,
nunca mais seria Água estagnada, seria somente Água Fresquinha como
apanhada no poço sagrado.
Aquela gente parecia tão boa,
tão entusiasmada com a chegada da dona Primavera...
Como não espargir Gotas Cristalinas sobre
a relva?
Começou a se emocionar o antigo Regador,
caiam Lágrimas dos seus furinhos... como conta gotas
delicados.
Quem disse que Regador não
tem Sentimentos?
Estava já amanhecendo naquele
setembro diferenciado de restauração de uma vida quase perdida... A Brisa Matutina cobria
aquela Flor Bonina que seu antigo jardineiro havia
regado tão delicadamente por alguns anos com tanta Fé.
O Afeto verdadeiro
se assemelha à Bem-aventurança bíblica, enche o coração de tudo que
existe de Esperança de devaneios realizados.
Afinal, como seria bom que todos
sentissem que o Amor e o Carinho são Gotículas
de Água na Flor que desabrocham da mais linda e saudável
forma na rama por entre grades no muro que cercava seu canteiro interior.
Num horto que se preze não pode
faltar um bom e estimado Regador.
Não se deve prescindir de objetos valiosos nas mãos de quem sabe dar o devido valor pelo parque da Vida.
Uma Primavera de Água Fresquinha e Leveza a todos.
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Feliz e perfumada Primavera para nós aqui e frutífero Outono aos do lado de lá do Atlântico.
UAU! Apaudindo daqui o teu carinho e trabalheira em poetizar cada das palavvras dos regadores dos amigos!
ResponderExcluirFicou demais de lindo! ADOREI!
Ah, as fotos do lavandário muito lindas todas!
beijos, ótima semana, chica