sábado, 12 de outubro de 2024

Da Minha Infância

 














Era uma vez...

Doçura é o que não falta, na infância. Que tempo encantador, cheio de magia e sonho!

Foi uma fase de aprendizado, fui crianca rescendo em sabedoria e graça. Uma menina formosa, com brilho nos olhos, olhar angelical. Usava brinquinhos de ouro e meu coração era áureo, por suposto.

Meu Criador modelou-me com firmeza e fui batizada pequeninha, com menos de dois meses de idade. Vesti-me bonitinha a receber como madrinha de consagração Nossa Senhora da Conceição.

Meu padrinho me ofertou um liquidificador para fazer minhas papinhas e vitaminas a fim de que eu crescesse rapidinho. Gostava (gosto) muito de mingaus, de fubá era (é) meu preferido.

Tinha covinha no queixo, vestidinho de brocado eu usava, formoso, de luxo, trazido pelo meu pai da cidade. Até hoje aprecio vestido e não o dispenso. Sempre andava bem trajadinha e com laçarotes em forma de charme.

Herdei meu olhar do meu pai amado, expressa um misto de tristeza, ternura e profundidade.

Nas férias, viajava para o ES e, na roça, não suportava a esperteza dos meninos maiores que trapaceavam nos jogos infantis, até hoje tenho ojeriza à injustiça. Gritava: Que roubalheira! (rs)

Admirava o sacolejo na garrafa do leite até virar manteiga e o doce de tomate era incrível e colhíamos do pé pelos campos afora, a meninada grande da fazenda que, pelos prados e montanhas baixas, ia correndo e encantada ficava....

Era um pássaro engaiolado com vontade de voar, só na roça eu me soltava, os adultos estavam todos envolvidos com outros tantos amigos por lá.

Não aprendi a subir em árvores nem a andar de bicicleta, que pena! Não me deixaram e eu era obediente, por temperamento medroso.

Tinha comprido o cabelo cacheado, à altura da cintura, era um mimo de belezura.


A menininha faceira, cujas tranças modelavam sua face brejeira, adorava ser dama de honra e de porta-bandeira no desfile cívico de Sete de Setembro.

Dindinho me deixou orgulhosa, com sorriso de orelha a orelha, presenteou-me um jipinho rosa, brincava de pique esconde, vareta e amarelinha. Toda sorte de cantiga de roda cantava.

Infância é tempo de brincar! De boneca, de mãezinha, de casinha, de professora, de cravo que brigou com a rosa, de passar o anel de mão em mão, de pega pedra,


Com pedrinhas de brilhante eu cantava e brincava, o morto e vivo me aquecia, dama, dominó, pega
vareta, no equilíbrio me mantinha.


Uma curiosidade de menina, ao passar para a casa da vovó, igualzinha a Chapeuzinho, ia com cuidado pelo caminho, passava pela plantinha, murchava-se ao tocá-la, dormideira se chamava.


A me encantar permanecia... Ah! Tempo bom, santo Deus! Brincava com as Três Marias, a Cruzeiro do Sul, procurando-as no Céu. Só ficava com o receio de, no dedinho, uma verruga ganhar...


No Céu, a contar carneirinho, ir à praia bem com um maiô de babadinho, na mão um lindo baldinho, p'ra esbaldar.


O bom do temporal no interior, era o cheirinho de chuva que a terra exalava e ficava bem-comportada, com medo de raios e trovões no descampado. Ah! Cheirinho bom danado da INFÂNCIA e seu sabor...


Das bonecas eu não largava, p'ro Papai Noel eu pedia e lhe deixava, junto às rabanadas e à aletria, um pedaço de manjar com ameixa e, à noite, ansiosa eu dormia para, no outro dia, procurar o caroço no prato. Posso dizer hoje: eu
vivia!


Das brincadeiras coletivas, peripécias, da delícia que era ser criança me ponho agora a recordar, do quintal grande com pés de coqueiros alados, só me resta a saudade! Brincávamos de adultos, mas, misteriosamente, permanecíamos crianças.


Aos 8 aninhos, de noivinha eu vestida, para a primeira Eucaristia, era pura demais. Tinha grande devoção pelo Anjinho da Guarda, meu
amiguinho.



Participando da iniciativa da amiga Norma 




Cabelo maluco na semana do Dia da Criança...

A princesinha foi de arco-íris...



Mochila maluca, ela quis pôr uma saia da cor da boneca...





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Participando da iniciativa da Mari 

Ensinar, motivar,  incentivar, 

Mostrar como fazer, remexer 

Inspiração dos meninos  marotos, 

Cultivar inteligência  na alegria.



Salve nossa Senhora Aparecida,  padroeira do Brasil!






3 comentários:

  1. Assim se recorda a primeira infância que nos abre caminhos até hoje.
    Linda Menina.


    Beijo, Rosélia.
    SOL da Esteva

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  2. Adorei ler tua história bem contada e as fotos! Foi uma infância pesa, com vontade de voar e ainda bem, conseguiste abrir as asas...
    Que amor a bonequinha crescendo e pparticipando da semana das crianças na escolinha!
    Um lindo e bem abençoado dia das crianças ! beijos, chica

    ResponderExcluir
  3. Como é gratificante trazer à memória os momentos da infância. Ótima participação, bela viagem no tempo.
    É uma felicidade observar ó crescimento e desenvolvimento dos netos. ela é muito fofinha.
    Grata por sua adesão.
    Feliz dia.

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