Era uma vez...
Doçura
é o que não falta, na infância. Que
tempo encantador, cheio de magia e sonho!
Foi
uma fase de aprendizado, fui crianca rescendo em sabedoria e graça. Uma menina
formosa, com brilho nos olhos, olhar angelical. Usava brinquinhos de ouro e meu
coração era áureo, por suposto.
Meu
Criador modelou-me com firmeza e fui batizada pequeninha, com menos de dois
meses de idade. Vesti-me bonitinha a receber como madrinha de consagração Nossa
Senhora da Conceição.
Meu
padrinho me ofertou um liquidificador para fazer minhas papinhas e vitaminas a
fim de que eu crescesse rapidinho. Gostava (gosto) muito de mingaus, de fubá
era (é) meu preferido.
Tinha
covinha no queixo, vestidinho de brocado eu usava, formoso, de luxo, trazido
pelo meu pai da cidade. Até hoje aprecio vestido e não o dispenso. Sempre
andava bem trajadinha e com laçarotes em forma de charme.
Herdei meu olhar do meu pai amado, expressa um misto de tristeza, ternura e profundidade.
Nas
férias, viajava para o ES e, na roça, não suportava a esperteza
dos meninos maiores que trapaceavam nos jogos infantis, até hoje tenho
ojeriza à injustiça. Gritava: Que roubalheira! (rs)
Admirava o sacolejo na garrafa do leite até virar
manteiga e o doce de tomate era incrível e colhíamos do pé pelos campos afora,
a meninada grande da fazenda que, pelos prados e montanhas baixas, ia
correndo e encantada ficava....
Era um pássaro engaiolado com vontade de voar, só na roça
eu me soltava, os adultos estavam todos envolvidos com outros tantos amigos por
lá.
Não aprendi a subir em árvores nem a andar de bicicleta,
que pena! Não me deixaram e eu era obediente, por temperamento medroso.
Tinha comprido o cabelo cacheado, à altura da
cintura, era um mimo de belezura.
A menininha faceira, cujas tranças modelavam sua face brejeira, adorava ser
dama de honra e de porta-bandeira no desfile cívico de Sete de Setembro.
Dindinho me deixou orgulhosa, com sorriso de orelha a
orelha, presenteou-me um jipinho rosa, brincava de pique esconde,
vareta e amarelinha. Toda sorte de cantiga de roda cantava.
Infância é tempo de brincar! De boneca, de mãezinha,
de casinha, de professora, de cravo que brigou com a rosa, de passar
o anel de mão em mão, de pega pedra,
Com pedrinhas de brilhante eu cantava e brincava, o morto e vivo me
aquecia, dama, dominó, pega vareta, no equilíbrio me mantinha.
Uma curiosidade de menina, ao passar para a casa da vovó, igualzinha a
Chapeuzinho, ia com cuidado pelo caminho, passava pela
plantinha, murchava-se ao tocá-la, dormideira se chamava.
A me encantar permanecia... Ah! Tempo bom, santo Deus! Brincava com as
Três Marias, a Cruzeiro do Sul, procurando-as no Céu. Só ficava com o
receio de, no dedinho, uma verruga ganhar...
No Céu, a contar carneirinho, ir à praia bem com um maiô de babadinho, na
mão um lindo baldinho, p'ra esbaldar.
O bom do temporal no interior, era o cheirinho de chuva que a terra
exalava e ficava bem-comportada, com medo de raios e trovões no
descampado. Ah! Cheirinho bom danado da INFÂNCIA e seu sabor...
Das bonecas eu não largava, p'ro Papai Noel eu pedia e lhe deixava,
junto às rabanadas e à aletria, um pedaço de manjar com ameixa e,
à noite, ansiosa eu dormia para, no outro dia, procurar o caroço no
prato. Posso dizer hoje: eu vivia!
Das brincadeiras coletivas, peripécias, da delícia que era ser criança me ponho
agora a recordar, do quintal grande com pés de coqueiros alados, só me resta a
saudade! Brincávamos de adultos, mas, misteriosamente, permanecíamos
crianças.
Aos 8 aninhos, de noivinha eu vestida, para a primeira Eucaristia, era pura demais. Tinha grande devoção pelo Anjinho da Guarda, meu amiguinho.
Participando da iniciativa da amiga Norma
Cabelo maluco na semana do Dia da Criança...
A princesinha foi de arco-íris...
Mochila maluca, ela quis pôr uma saia da cor da boneca...
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Ensinar, motivar, incentivar,
Mostrar como fazer, remexer
Inspiração dos meninos marotos,
Cultivar inteligência na alegria.
Salve nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil!
Assim se recorda a primeira infância que nos abre caminhos até hoje.
ResponderExcluirLinda Menina.
Beijo, Rosélia.
SOL da Esteva
Adorei ler tua história bem contada e as fotos! Foi uma infância pesa, com vontade de voar e ainda bem, conseguiste abrir as asas...
ResponderExcluirQue amor a bonequinha crescendo e pparticipando da semana das crianças na escolinha!
Um lindo e bem abençoado dia das crianças ! beijos, chica
Como é gratificante trazer à memória os momentos da infância. Ótima participação, bela viagem no tempo.
ResponderExcluirÉ uma felicidade observar ó crescimento e desenvolvimento dos netos. ela é muito fofinha.
Grata por sua adesão.
Feliz dia.
Amiga!!
ResponderExcluirQuanta lindeza guardinha na sua memória afetiva.
Lindo relato em forma de mimos rsrs
Eu ainda andei um pouco de bicicleta, mas não gostei o suficiente para continuar.
O que me atraía era subir nos coqueiros e árvores sem fim.
Nossa!
Quantos livramentos, Senhor 🙌
Um abraço mimoso com desejo de um domingo ricamente especial.
Beijos no coração ❤️
Voltei pra enviar um monte de beijinhos na sua netinha. Ô glória 🙌🙌🙌
ResponderExcluirQuerida Rosélia
ResponderExcluirQue belo conto aqui nos traz. Fiquei presa no encantamento
de cada palavra, de cada entrelaçar das brincadeiras e da
imaginação.
Bela a Princesinha na sua roupa de arco-íris.
Que todas as Crianças do Mundo tenha o seu Dia recheado
de felicidades.
Beijinhos
Olinda
Feliz día del niño. Te mando un beso.
ResponderExcluirRosélia, querida amiga,
ResponderExcluirSó agora os últimos dois posts apareceram para mim. Por que será?
O texto sobre a sua infância resultou muito bom, preciso e delicado. Nele vi que tivemos muitas experiências em comum, tantas brincadeiras, tantos sonhos! Eu também não aprendi a andar de bicicleta e nem a subir em árvores, rsrs. Tenho certeza, porém, que fui muito mais levada, rsrs.
As fotos da netinha transmitem aquela inocência da primeira infância!
Beijo
Uma bela historia de infância aos moldes antigos sempre deixam uma saudade. Ser criança num tempo feliz era assim. Que esta criança esteja sempre ativa.
ResponderExcluirQue nossas crianças tenham liberdade de criar despertando uma vocação.
Dupla participação com arte com a criança sendo inspiração.
Bjs e paz na feliz semana.
Bom dia Amiga Rosélia,
ResponderExcluirTão linda a sua história de uma infância tão feliz, rodeada de tantos mimos e muito amor.
Adorei ver suas fotos! Que linda bonequinha. Encantadora!
A princesinha, sempre maravilhosa.
Lindas fotos também.
Magníficas suas participações nas Bcs de Mari e Norma.
Beijinhos e um dia muito abençoado.
Emília
Gosto imensamente do seu jeito meigo de escrever, querida Roselia
ResponderExcluirSuas participações ficaram excelentes.
Um beijinho carinhoso
Verena.