Se estivessem a fim de deixar de ser bobos ,como continuariam a frase:
Naquela família...?
Naquela família onde fora criada, Mariana refletiu sobre o envelhecer, não queria estar na condição de refugiada do tempo. Muito menos ser membro de uma manada... isolada.
O comodismo de achar que tem tudo era mediado pelo apreço à natureza que lhe acentuava a simplicidade.
Tem um corpo que necessita de outras fomes além da material. Não tinha vergonha de cometer deslizes. Não sabia tudo e não havia deixado de ser boba, chegava a ser tola, idiota.
Mesmo com o tempo passando, esquecendo de algumas coisas, percebia que envelhecer não era só aumentar a idade. Tinha que ter cuidado de não carregar fardos pesados além do que podia suportar.
Questionava-se sobre os valores reinantes da cultura à estética como pungente, uso de Botox, antirrugas, cosméticos demasiados. O que era de suma importância: plano de saúde, dental, funerário em dia. Exercícios para a artrose não atrofiar seu corpo... médicos e clínicas faziam parte da sua maratona.
Aliava-se mais estreitamente às amigas que não viviam em função de beber, transar ao léu, frequentar festas badaladas, ocupar tempo livre com qualquer coisa fútil.
Quando ia a um evento, via idosos abusando da comida e até 'roubando' para levar para casa, sabia que seria, na realidade, mendigar afeto. Disfarçar a solidão em grupos, reuniões sociais?
Ela se questinava para não cair na futilidade... escolhia bem o que fazer, onde pisar. A vaidade, para ela, seria unhas bem cortadas e limpas, banhos caprichados, cabelos asseado.
O óculos na ponta do nariz era o de menos, só para a leitura. Muito pior seria uma dor intermitente no tornozelo, na lombar... dores típicas não deviam lhe assustar, felizes os que chegam à idade madura! Combatia a ansiedade com chás, caminhadas e praias. Além de orações mais contemplativas, leituras sadias.
Às queixas não dava espaço por não ter quórum. Que bom!
Saudades e lembranças atenuava vendo fotos.
Procurava amenizar dores com alegria e satisfação por estar viva.
Era caçadora, tinha paciência e sabia esperar o tempo de Deus.
Há tempos abrira mão dos seus privilégios. Isso sim é deixar de ser boba, tola, aprendeu que a razão não pode suplantar a felicidade.
Não se deixava ficar na condição de desaparecida. Há pessoas da própria família (até pode ocorrer) que anulam os mais vividos. Tinha ela necessidades para as quais não fechava os olhos. Não deixava o mato tomar o terreno do seu coração. Amava a si e se não a amavam, a perdiam. Deus lhe deu um espaço no mundo e ela ocupava seu quadrado como águia a conselho do seu padrinho. Deveria aprender a não ser otária, transformar seu mundo num oásis. A autenticidade preencheria seu interior. Um dia, todos aprenderão que vão envelhecer. Nada de se deixar manipular com exigências sociais e outras de qualquer origem. A idade crescida já a fragilizava, mas a beneficiava com compreensão do mundo.
Os livros eram seus melhores amigos. Por eles, ela olha o futuro com esperança.

UAU! Que belkeza de inspiração! Realmente envelhecer não é só passar o tempo, aumentar a idade! É muiiiiiiiiiiiiiiiito mais, inclusive ser perspicaz pra pereceber coisas ,que antes passavam despercebidas! E que bom envelhecer bem ,sd=sem exager=os, vida normal, simples, sem querer chamar a atenção onde chegam...Há idosos que querem aparecer e não me agradam em nada!
ResponderExcluirrs
Obrigadão! beijos, chica, lindo fds!
Saber envelhecer é mesmo uma arte.
ResponderExcluirCumprimentos poéticos
Inspirada e linda história.
ResponderExcluirHá que saber envelhecer, aceitar as dificuldades que a idade possa trazer, apreciar cada dia que passa e como disse a Chica, levar uma vida normal e simples.
Beijinhos
ResponderExcluirEnvelhecer bem é uma arte que poucos dominam perfeitamente. E ontem mesmo eu constatei que o domínio dessa arte não depende de qualquer condição especial, exceto, talvez, a de possuir um pouco de sabedoria. Vi um vídeo ontem, em que um homem de mais de 90 anos, de condição econômica modesta, mostrava-se
lúcido, ativo, aparentando bem menos idade e informando que é ele mesmo quem cuida de todas as tarefas domésticas da casa em que mora. E enfatizava: sei fazer qualquer tipo de comida. Que bênção!
Beijo e bom fim de semana
A arte de envelhecer mantendo a ternura, o bom humor e assumindo seu papel em cima de uma experiencia adquirida e sabedoria. Triste nas familias a disputa de poder e a criação de invisibilidade de outros membros. Não tem lugar no mundo para o bobo, apenas para os que se fazem dele para atravessar situações. Mas para viver plenamente há que se deixar de ser bobo e ir a luta.
ResponderExcluirBelo texto nesta proposta da Chica.
Bjs e paz na feliz semana.
Adorei a partiucipação pra Lucia! As crianças têm linha direta com Deus! Adorei! beijos, tudo de bom,chica
ResponderExcluirEnvelhecer: esperar com sabedoria "o tempo de Deus".
ResponderExcluirQue história tão inspiradora, minha Amiga Rosélia.
Um beijo.
Bom dia, Rosélia
ResponderExcluirLinda participação. Envelhecer com sabedoria é uma arte, agradecer sempre é bênção do Senhor. Bela canção de Eyshila, a oração é um diálogo com Deus que alegra nossa vida, bjs querida.
Bela história. Os livros mudam o mundo.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Envelhecer é mesmo uma arte, querida Roselia.
ResponderExcluirApesar dos "dodóis" que vão aparecendo na velhice nunca devemos desanimar..
Cumpristes muito bem os desafios.
Beijinhos
Verena.
Duas participações ricas em reflexão, em amor próprio, em sabedoria e pureza. Saber envelhecer com sabedoria e vaidade sem exagero é sublime arte. As crianças trazem na alma uma sintonia maravilhosa com o Criador.
ResponderExcluirBeijos!